Sabia que desenvolvimento da rádio, durante a I Grande Guerra, e da televisão a partir da década de 50 permitiram que o ensino a distância, realizado fora das salas de aula tradicionais, encontrasse novas formas de difusão? 

Sabia que antigamente o ensino a distância tradicional era suportado por dispositivos de base eletrónica, como a rádio, a televisão, os leitores de registo áudio?  

Em Portugal, especialmente no ramo do ensino a distância, a década de 60, ficou marcada pela institucionalização de organismos dedicados à utilização de meios audiovisuais ao serviço do ensino presencial ou do ensino a distância. 

Em 1963 é o ministro Galvão Teles cria o Centro de Pedagogia Audiovisual (CPA) com o objetivo de “proceder ao estudo e experimentação dos processos audiovisuais, designadamente o cinema, projeção fixa, rádio, gravação sonora e televisão, nas suas aplicações ao ensino e à educação e bem assim estimular e coordenar essas aplicações e fazer a apreciação dos seus resultados” (artº 2º do Decreto-Lei nº 45418 de 9/12/1963).  

Em 1964, o mesmo ministro cria o Instituto de Meios Audiovisuais no Ensino (IMAVE). 

Surge, assim, pela primeira vez, a expressão “meios audiovisuais no ensino”.  A preocupação desse Instituto foi essencialmente emitir programas de rádio e televisão para fins escolares, estando-lhe associado a Telescola (Decreto-Lei nº 46136 de 31/12/1964) para a realização de cursos de radiodifusão e televisões escolares. Estes cursos eram destinados aos alunos que habitavam nas zonas rurais mais isoladas, aos que habitavam nas zonas urbanas com grande densidade populacional e ainda às escolas do Ciclo Preparatório directo que não tinham capacidade para tantos alunos. 

Fonte: 

PINHEIRO, Bruno; CORREIA, Luís Grosso (2014). E-learning – Introdução Histórica a uma Tecnologia sempre renovada em Contexto Educativo. Novas tecnologias e educação: ensinar a aprender, aprender a ensinar  Porto: Biblioteca Digital da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Pp. 45-104 . Disponível em https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/78978 em 13-02-2020